Fiche Personne
Littérature / édition

Luís Romano

Ecrivain/ne
Cap-Vert

Français

Luís Romano de Madeira Melo – ou Luís Romano -, né le 10 juin 1922 à Vila de Ponta do Sol sur l’île de Santo Antão et mort le 22 janvier 2010 au Brésil, est un écrivain cap-verdien, poète, romancier et folkloriste, qui a écrit à la fois en portugais et dans sa langue maternelle, le créole du Cap-Vert. Il collabora également à plusieurs périodiques et fonda la revue Morabeza.

Luís Romano a vécu quelque temps au Sénégal, en Mauritanie et au Maroc – où il a travaillé comme ingénieur dans l’industrie salinière – avant de s’installer au Brésil au début des années 1960. Il revint à Praia en 1975, au moment de l’indépendance, puis retourna au Brésil.

« Famintos, Romance de um povo » (« Affamés, Roman d’un peuple ») est son œuvre maîtresse. Ce roman, écrit en 1940, fut interdit par la censure et dut sortir clandestinement du pays pour être publié au Brésil en 1962. Parmi ses autres écrits les plus connus figure le recueil de poèmes Negrume (Lzimparin), publié à Rio de Janeiro en 1973.

Source : Wikipedia, l’encyclopédie libre

English

Luís Romano de Madeira Melo (Santo Antão, Cabo Verde, 10 June 1922 – Brasil, 22 January 2010) was a bilingual poet, novelist, and folklorist who has written in Portuguese and the Capeverdean Crioulo of Santo Antão.

Born on the Capeverdean island of Santo Antão, he prefers to refer to the Capeverdean language as « língua cabo-verdiana ». Romano lived in Brazil since 1962.

Source : Wikipedia, the free encyclopedia

Português

Luís Romano de Madeira Melo (Vila de Ponta do Sol, 10 de junho de 1922 – Natal, 22 de janeiro de 2010) foi um poeta, romancista e folclorista cabo-verdiano, com trabalhos em português e em crioulo cabo-verdiano da ilha de Santo Antão, idioma que preferia designar por « língua cabo-verdiana ».

Idealista, polígrafo independente, a sua produção tem sido editada em órgãos literários locais e internacionais. Grande parte da temática de Luís Romano gira em torno de sua terra natal, Cabo Verde, que ele designa como « Kabverd ». Visceralmente realista, consagrou sua vida literária ao empenho de dignificar a cultura e a civilização caboverdianas. Preocupação e apoio estimulante: estabelecimento oficial da língua materna do Kriolander em todo o Arquipélago. Personificando ansiedade dos conterrâneos desalienados, ele se tornou pioneiro em sacrificar-se, ao conseguir com destemor e risco de vida, a publicação do primeiro romance de denúncia nativa, Famintos, sobre a tragédia do povo caboverdiano durante o período flagicioso da década de 1940. Os manuscritos desse romance foram trazidos de Cabo verde colados ao longo do seu corpo para escapar à censura política.

No final dos anos 50 do século XX, Luís Romano aderiu aos ideais da independência, tendo chegado a desempenhar cargos de direção no PAIGC, sendo perseguido pela PIDE. Fugiu para Argel e Paris e exilou-se, depois, no Brasil, onde viveu desde 1962.


BIBLIOGRAFIA

– Os Famintos (1962): romance em língua portuguesa.
– Clima (1963): poemas em língua portuguesa, crioulo cabo-verdiano e francês
– Cabo Verde-Renascença de uma Civilização no Atlântico Médio (1967): colectânea de poemas e contos em português e crioulo cabo-verdiano.
– Negrume/Lzimparin (1973): contos em crioulo cabo-verdiano, com tradução para língua portuguesa.
– Ilha (1991): contos da « Europáfrica » e da « Brasilamérica » em português e, em parte, em crioulo cabo-verdiano

Contos: « Nho Zidôr » (in Ilha), « Pasaport Kabverd » (in Ilha), « Daluz » (in Negrume), « Tánha » (in Negrume), « Destino » (in Negrume), « Estórias de Tipêde i Tilôbe » (in Cabo Verde-Renascença de uma Civilização…)


Fonte: Wikipedia, a enciclopedia livre
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