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O governo brasileiro celebra a escolha do escritor Raduan Nassar, por unanimidade, como vencedor do Prêmio Camões 2016. Instituído pelos governos do Brasil e de Portugal em 1988, o Prêmio Camões é considerado a mais importante distinção literária destinada a autores de língua portuguesa. O brasileiro é autor dos romances “Lavoura arcaica” e “Um copo de cólera”, além do livro de contos "Menina a caminho".
Ao anunciar o prêmio, o júri sublinhou "a extraordinária qualidade da sua linguagem" e a "força poética da sua prosa". Realçou ainda "o uso rigoroso de uma linguagem cuja plasticidade se imprime em diferentes registos discursivos verificáveis numa obra que privilegia a densidade acima da extensão".
O júri foi integrado pelos professores universitários, críticos e escritores brasileiros Flora Süssekind e Sérgio Alcides do Amaral, pelo reitor da Universidade Politécnica de Moçambique, Lourenço do Rosário, pelos portugueses Paula Morão, professora e ensaísta, e Pedro Mexia, poeta e jornalista, e pela ensaísta são-tomense Inocência Mata, radicada em Macau.
Raduan Nassar, que tem 80 anos e é descendente de libaneses, foi o 12º brasileiro a ganhar esse prêmio, que já contemplou nomes como José Craveirinha e Mia Couto; Ferreira Gullar, Lygia Fagundes Telles, Alberto da Costa e Silva e João Cabral de Melo Neto; José Saramago e António Lobo Antunes; e Pepetela, entre outros.